O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso curto nesta quinta-feira (17) na conferência do clima, em Copenhague. Na ocasião, reiterou a necessidade de que os países desenvolvidos cumpram metas rigorosas de redução de gases-estufa e também se comprometam a dar apoio financeiro e tecnológico aos países mais pobres.
"Os países desenvolvidos devem assumir metas ambiciosas a altura de suas responsabilidades históricas e do desafio que enfrentamos", comentou Lula. Para o presidente, os países desenvolvidos uma proposta "realmente ambiciosa" seria de 40% de redução de gases-estufa, em comparação com 1990. Além disso, ele disse que as metas devem ser constantemente reavaliadas, de acordo com as descobertas científicas sobre o aquecimento global.
O presidente mencionou o fato de que o Brasil conta com uma matriz energética limpa, com 85% da energia elétrica proveniente de hidrelétricas, e que o país é pioneiro no uso de biocombustíveis. Com a meta de reduzir em 85% o desmatamento da Amazônia até 2020, o país conseguirá diminuir entre 36.1% e 38.9% suas emissões até 2020.
O investimento necessário para cumprir as metas brasileiras vão exigir US$ 160 bilhões em dez anos, ou US$ 16 bilhões por ano até 2020. "Não é proposta de barganha, é um compromisso que assumimos com a nação brasileira e com o mundo", disse.
De acordo com o presidente, outros países em desenvolvimento também apresentaram metas expressivas, mas que só poderão ser cumpridas se o apoio financeiro e tecnológico por parte dos países desenvolvidos não forem "uma tímida promessa ou apenas uma miragem"
da redação Uol
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