É sabido que ao final de qualquer disputa resultam, inexoravelmente, vitoriosos e derrotados. Nesse sentido, terminada as eleições já podemos apontar os grandes perdedores, mas, principalmente, aqueles para quem a vitória sorriu mais fortemente. Neste seleto grupo, encontra-se Luiz Couto, que começou a campanha num verdadeiro inferno astral e saiu dela agraciado com uma vitória quase celestial.
Os revezes enfrentados por Luiz Couto não foram poucos e começaram bem antes da campanha eleitoral, quando perdeu a disputa pela presidência de seu partido – PT – para o Deputado Estadual Rodrigo Soares, que teve o apoio das outras tendências do partido conseguido à custa de um forte auxílio do Diário Oficial do Estado.
Após essa primeira derrota, Couto também perdeu a disputa interna no PT quando da decisão de qual candidato iriam apoiar nas eleições para o Governo do Estado, já que ele queria apoiar formalmente Ricardo Coutinho, mas o partido acabou apoiando Maranhão.
A partir desse quadro extremamente adverso o Padre Deputado teve que abortar um outro projeto político desde há muito desejado, o de ser candidato ao Senado, ou seja, mais uma derrota.
Restou-lhe então tentar se reeleger Deputado Federal, mas agora com um grau de dificuldade bem maior, pois desta vez não mais foi o candidato preferencial de seu partido, tanto em nível de Estado, quanto Nacional, ao contrário disso, o que se viu durante toda a campanha foi um verdadeiro boicote de todas as formas possíveis e imagináveis contra a sua campanha, inclusive de seu próprio partido.
Mas, mesmo assim, movido por sua fé inabalável, seguiu em frente e foi derrubando os obstáculos surgidos um a um e hoje, reeleito pela terceira vez consecutiva Deputado Federal, tendo, ainda, aumentado sua votação em cerca de 10 mil votos, Luiz Couto é, talvez, um dos únicos parlamentares paraibanos que pode bater no peito e dizer que foi eleito fazendo política verdadeira, que foi eleito pelos resultados de sua atuação parlamentar em prol dos cidadãos.
É bom que se diga que Luiz Couto não tem redutos eleitorais forjados a partir de negociatas com Prefeitos e outras lideranças. Talvez a única Prefeita que o apóia é a de Pombal, mas não devido a trocas fisiológicas e sim pelo reconhecimento das ações do Parlamentar em benefício de seu Município, que não foram poucas.
A verdade é que a quase totalidade da votação conseguida pelo Padre foi de eleitores que lhe confiaram um voto sem qualquer intermediário e isso fica claramente demonstrado no mapa de sua votação no Estado, tendo sido votado em todos os municípios, em muito dos quais não existe um único cabo eleitoral para lhe ajudar.
É por tudo isso que elenco Luiz Couto entre os grandes vitoriosos dessas eleições, quiçá o maior deles, pois não apenas ganhou uma disputa contra aqueles que o atacaram de forma vil e baixa, ganhou sem descer ao nível de seus rivais, ganhou sem difamar ninguém, ganhou sem comprar votos, ganhou mantendo a ética e a coerência.
Entretanto, a vitória de Luiz foi ainda maior do que aparenta ser, porque além de ter conseguido um novo mandato federal, todos os candidatos apoiados por ele foram vitoriosos, entres eles o candidato a Governador que apoiou informalmente, Ricardo Coutinho, bem como sua candidata a Presidente da República. Essa circunstância o coloca em evidência entre os principais nomes aptos a promover a articulação política entre os Governos do Estado e Federal.
Porém, a vitória política não se mede apenas com os resultados favoráveis aos ganhadores, mas também pelo insucesso de seus opositores e nesta lista podemos citar alguns de seus maiores algozes que foram fragorosamente derrotados, como são os casos de Maranhão, Rodrigo Soares e Jeová Campos.
Eh, parece que a história contada a mim por um amigo estava correta: ele me disse certa vez que Luiz Couto tinha proteção divina ou, como dizem os mais populares, o corpo fechado contra “mal olhado” e, principalmente, contra a maldade dos seus inimigos, o resultado das eleições mostrou isso.
Resta agora ao Deputado Luiz Couto olhar para o céu, agradecer e permitir a si um pouquinho de soberba, deixando sair o grito de: VITÓRIA, VITÓRIA, VITÓRIA!
Denilton Medeiros
Servidor Público
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