O deputado Wilson Santiago (PMDB-PB) contabiliza entre seus feitos políticos a liberação de R$ 2 milhões de dinheiro público para promover forrós em seu Estado, a Paraíba. Ele obteve do Ministério do Turismo o pagamento integral das emendas para a realização de eventos "geradores de fluxo turístico", pivô de denúncias de desvio de verbas do Orçamento da União.
Santiago queria mais dinheiro público no patrocínio de festas juninas em municípios de sua base eleitoral. A pedido de prefeitos, chegou a propor a aplicação de R$ 6,2 milhões para promover forrós, mas foi contido por um corte fixado pelo governo, em março, para esse tipo de gasto.
Esse apetite, crescente nos últimos anos, está disseminado entre os partidos aliados ao governo e na oposição. Santiago está entre os campeões na apresentação de emendas para a realização de eventos em 2010. A reportagem do Estado contabilizou 14 parlamentares que propuseram mais de R$ 5 milhões cada um de gastos para as festas bancadas com dinheiro público.
No início do ano, as autorizações de gastos para os tais eventos turísticos passavam de R$ 700 milhões, infladas por emendas parlamentares, mas foram limitadas à cota de R$ 2 milhões por congressista. Restaram para festas cerca de R$ 300 milhões.
Na semana passada, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) atribuiu o corte à percepção de fragilidade na aplicação do dinheiro, detectada pela Controladoria-Geral da União desde 2008. Na exposição de motivos que encaminhou ao presidente Lula, porém, o ministro atribuía o corte às restrições da Lei Eleitoral.
Desde sexta-feira, estão suspensos novos convênios com entidades privadas sem fins lucrativos para promoção de eventos, numa reação às denúncias de desvios. Mas, no ano que vem, o dinheiro do contribuinte ainda poderá financiar R$ 257 milhões em festas, organizadas por prefeituras ou Estados, que continuam liberados para os convênios.
"Os eventos que causam problema são os vinculados a entidades privadas sem fins lucrativos; quem pôs dinheiro em ONG é que teve problema", alega Santiago, que rateou as verbas do Orçamento entre 62 municípios . "A Paraíba tem atração muito grande por festa junina."
Já o deputado Vadão Gomes (PP-SP) optou pelos rodeios em sua base política. Mais de R$ 1,8 milhão foi aplicado em rodeios, por conta das emendas de Vadão, outro integrante do grupo dos que mais apresentaram propostas para gastos com eventos.
Também do time, Marcos Antônio (PRB-PE) lamenta só ter conseguido a liberação até aqui de R$ 1,4 milhão para eventos em Pernambuco. Pleiteava R$ 8,6 milhões para promover o turismo em seu Estado. A atração pelo patrocínio de eventos é consequência da atividade do deputado. Marcos Antônio é cantor gospel.
Estadão
Santiago queria mais dinheiro público no patrocínio de festas juninas em municípios de sua base eleitoral. A pedido de prefeitos, chegou a propor a aplicação de R$ 6,2 milhões para promover forrós, mas foi contido por um corte fixado pelo governo, em março, para esse tipo de gasto.
Esse apetite, crescente nos últimos anos, está disseminado entre os partidos aliados ao governo e na oposição. Santiago está entre os campeões na apresentação de emendas para a realização de eventos em 2010. A reportagem do Estado contabilizou 14 parlamentares que propuseram mais de R$ 5 milhões cada um de gastos para as festas bancadas com dinheiro público.
No início do ano, as autorizações de gastos para os tais eventos turísticos passavam de R$ 700 milhões, infladas por emendas parlamentares, mas foram limitadas à cota de R$ 2 milhões por congressista. Restaram para festas cerca de R$ 300 milhões.
Na semana passada, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) atribuiu o corte à percepção de fragilidade na aplicação do dinheiro, detectada pela Controladoria-Geral da União desde 2008. Na exposição de motivos que encaminhou ao presidente Lula, porém, o ministro atribuía o corte às restrições da Lei Eleitoral.
Desde sexta-feira, estão suspensos novos convênios com entidades privadas sem fins lucrativos para promoção de eventos, numa reação às denúncias de desvios. Mas, no ano que vem, o dinheiro do contribuinte ainda poderá financiar R$ 257 milhões em festas, organizadas por prefeituras ou Estados, que continuam liberados para os convênios.
"Os eventos que causam problema são os vinculados a entidades privadas sem fins lucrativos; quem pôs dinheiro em ONG é que teve problema", alega Santiago, que rateou as verbas do Orçamento entre 62 municípios . "A Paraíba tem atração muito grande por festa junina."
Já o deputado Vadão Gomes (PP-SP) optou pelos rodeios em sua base política. Mais de R$ 1,8 milhão foi aplicado em rodeios, por conta das emendas de Vadão, outro integrante do grupo dos que mais apresentaram propostas para gastos com eventos.
Também do time, Marcos Antônio (PRB-PE) lamenta só ter conseguido a liberação até aqui de R$ 1,4 milhão para eventos em Pernambuco. Pleiteava R$ 8,6 milhões para promover o turismo em seu Estado. A atração pelo patrocínio de eventos é consequência da atividade do deputado. Marcos Antônio é cantor gospel.
Estadão
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