quarta-feira, 14 de abril de 2010

Falta de alianças desespera PSDB

Passadas 72 horas do lançamento da candidatura de José Serra (PSDB-DEM-PPS) ao Planalto, um observador atento poderá concluir que tudo ali foi feito para conquistar pelo menos o apoio do tucano Aécio Neves ao candidato, já que a vice na chapa do paulista, o mineiro jamais aceitará como tem ficado cada vez mais evidente.


Fez parte desse script, inclusive o discurso do pós-Lula - e não anti-Lula que é o que Serra realmente representa. Frente à falta de alianças - a do DEM é mais um fardo do que um apoio e a do PPS é como nada - Serra e o PSDB estão desesperados pela possibilidade real da neutralidade de Aécio e dos tucanos mineiros.

Estes, inclusive, já esboçam um movimento nacional de disputa da direção do PSDB ou da criação de um novo partido porque ja não aguentam mais a atitude hegemônica e autoritária dos paulistas no tucanato nacional. Serra enfrentará uma eleição difícil, em que não é o favorito, apesar das pesquisas. Se não vai bem em Minas, Rio e no Sul, não tem como vencer as eleições. É só somar os votos que Dilma colocará na frente dele em Estados chaves como BA, CE, MA, PA, AM e PI, nos quais a diferença tende a ser alta.

Se no Sul a disputa ficar equilibrada e Serra não decolar no Sudeste, São Paulo e os três Estados do Sul passam a ser decisivos. Esta é uma hipótese real, tanto pela chapa e alianças petistas em SP, quanto pela situação já citada do Rio e de Minas.

Agora, um aviso aos petistas de Minas e do Sul do país: São Paulo cumpriu o dever de casa e formou a chapa mais forte que o PT poderia ter. E fez alianças. Na realidade, um senhor palanque para Dilma e a chance real do PT ir para o 2º turno e disputar para valer o governo do Estado mais populoso e rico da Federação, que os tucanos governam desde 1994 com o trio Covas-Alckmin-Serra - ou se quiserem que seja mais preciso, desde 1983 com o governo Franco Montoro.

Foto: Antonio Cruz/ABr

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