segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Luiz Couto prevê adesão do PT ao Governo em fevereiro; deputado critica comando da PM

O deputado federal Luiz Couto (PT) resolveu soltar o verbo durante uma entrevista concedida aos jornalistas Luis Tôrres e Marcone Ferreira, no Programa Rede Verdade da TV Arapuan. Segundo ele, o PT do estado deve aprender uma lição de tolerância e generosidade, com a eleição de Ricardo Coutinho (PSB) para o governo do estado. Em outro momento da entrevista, Couto demonstra que não baixa a guarda nem em relação ao socialista e critica as nomeações feitas pelo governador para o Comando da Polícia Militar.
Referindo a presidente Dilma Rousseff (PT), Couto lembra que a indicação da petista foi clara. “Queremos fazer um projeto para o país que tenha a cultura, o amor, solidariedade, generosidade e tolerância. Eu acho que o PT da Paraíba tem que aprender a lição para que a Paraíba possa crescer”, lembra.
Quando questionado que a recomendação do PT estadual é de não fazer parte da administração, Couto mostra-se reticente. “Eu tenho certeza que a partir de fevereiro, quando nós tivermos uma nova composição na assembléia, e a Dilma convide todos os trabalhadores para de forma articulada trabalhar pela educação e saúde, o PT paraibano vai entender que não pode ficar refém e perder esse trilho da história”, avisa.
Segundo o deputado, já  começou uma articulação dentro do PT estadual para uma aproximação. “Na posse de Dilma, e dos ministros, eu fui abordado duas vezes por Rodrigo Soares (presidente estadual do PT), desejando bom ano e pedindo para conversar. Eu disse: é só marcar o dia. Eu estou esperando que ele marque essa conversa e seja uma conversa do diálogo para valer”, diz.  No entender do petista, a adesão integral do PT é uma questão de tempo: “A militância do partido quer apoiar o governador Ricardo Coutinho”.
Grupos de Extermínio - Em outro momento o deputado mostra-se insatisfeito com as nomeações de Ricardo Coutinho para a área de Segurança Pública. “Não é que eu não esteja contente. O problema é em relação ao Comando da Polícia Militar (comandante Coronel Euler Chaves, tido como linha dura)... É preciso que o comando da Segurança Pública estabeleça a política e a PM entre dentro desse contexto. Se você ficar apenas fazendo investigação e não tiver as provas materiais fica tudo na impunidade. Temos uma série de inquéritos e não chegaram a nada. Tem a pessoa que morreu, mas não tem ninguém para denunciar, não tem réu. Não tem nada. São crimes misteriosos”, aponta.
“Na próxima semana vou levar para Ricardo uma situação de extrema gravidade. Tanto nos presídios, como também de Agrupamentos. Vou levar a relação das pessoas que foram denunciados por grupo de extermínio. Alguns foram presos, mas depois soltos, porque o Ministério Público não conseguiu provas para incriminá-los e acabaram sendo acusados de porte ilegal de arma e formação de quadrilha. Existem acusações que envolvem de soldado a coronel, mas para pegar essas pessoas têm quer investir em inteligência”, frisa.
Paulo Dantas

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